O desejo nasce da
imaginação
Ronaldo Magella
16/05/2016
Aquilo que vejo está pronto e
acabado.
Minha imaginação precisa de esforço,
trabalho, precisa imaginar.
O desejo nasce daquilo que não vejo,
sei, conheço.
Desejo mais o que posso imaginar, o
que posso construir, fazer.
Criar.
O que está feito não me atiça a
curiosidade.
O que está pronto não me empolga a
criatividade
Não me instiga a necessidade daquilo que não
requer minha participação mais.
Meu olhar é movido pela descoberta.
Imaginar é ir além daquilo que estou
a ver.
O desejo nasce daquilo que
desconheço.
Quando vejo, vejo com desejo e só desejo
se posso ver e ir além daquilo que vejo.
O que me move é o desejo.
Não desejo o que já tenho.
Desejo aquilo que não tenho, não é
meu, não me pertecem.
Desejo o que está em movimento, o que
passa na minha frente.
Desejo o que todo mundo tem, possui.
Desejo o que se esconde, está
coberto, o que não existe.
Desejo olhar pela fresta, pelo
buraco, pelo cantinho.
A vontade é maior pelo proibido, pelo
não permitido.
Dá mais desejo e sabor e emoção
aquilo que não pode.
Tédio é fazer o que se pode, emoção é
sair do comum, arriscar.
O normal não atraí o meu olhar.
O diferente me fascina, me encanta,
me apaixona.
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