Sou ladrão de rosas
Ronaldo Magella 08/03/2016
Sou um ladrão de rosas. Outro dia uma senhora me pegou no
flagra, estava passando, vi a rosa, linda, de cor rosa, pensei, ela merece,
hesitei, mas me pus a realizar meus pensamentos, dedicaria uma rosa a pessoa de
quem estava a gostar.
Sempre que penso em rosas não penso nelas em si, mas no ato,
no carinho e na simplicidade de dedicar uma rosa alguém, e mais ainda, se for
uma rosa roubada, tem toda uma magia, um sentimento, um gesto de amor contido,
uma paixão, um ato simples, mas cheio de ternura e luz.
Algumas mulheres me dizem que não gostam de ganhar rosas,
também não gosto de ganhar presente, mas depois de muito pensar e refletir,
entendi que não o que se ganha que faz a diferença, mas o fato de alguém ter
pensando em nós, ter deixado a sua vida um momento de lado para se dedicar a
escolher algo que nos agradasse e nos tornasse mais felizes.
Não é o presente, não é a rosa, não é o valor, mas o gesto, o
apreço, o carinho, a dedicação, a atenção, a importância que alguém nos dar a
tal ponto de querer nos tornar mais felizes, alegres, melhores, seja com o que
for, uma rosa roubada, um perfume, um beijo, quando dedicado a nós merece o
nosso respeito, a nossa gratidão.
Mas roubei a minha rosa, me pus ainda a embrulhar, como se
fosse presente caro, não tinha valor financeiro, mas tinha sentimental, a guardei
em uma caixa com um laço, como se fosse um pedaço de mim, uma parte da minha
alma, um pouco do meu coração, e mandei, como surpresa, um momento inesperado,
dessas coisas que nos acontecem em dias quaisquer, comuns e nos deixam sem
fazer o que fazer, falar ou sentir, era apenas isso que queria, provocar sensações.
Acho que quando a gente gosta de alguém é mais fácil doar e
receber coisas, pois tudo tem mais sentido, prazer e desejo, o que é pouco se
torna intenso, o que é menos tem mais importância, o que é curto tem mais
aproveitamento, tudo é melhor quando se gosta, se ama, se quer, se deseja, uma
simples rosa, pode tornar um momento lindo e mágico, grandioso e eterno.
A eternidade é formada de pequenos momentos que são tornam
infindos dentro de nós.
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