Se for a dois, que seja
bom, se for sozinho, que seja leve, tenha charme e elegância.
Ronaldo Magella 18/02/2016
Há certa leveza quando a gente não se interessa por ninguém,
não vou mentir e dizer que não estou interessado em alguém, estou, até penso
que ela sabe, ou não, tenho dúvidas, mas não sofro com isso, se sofro é bem
menos que antes.
Tem algo de charmoso em não se interessar por alguém, quando você
volta suas atenções pra outras coisas, estudo, trabalho, vida, religião, como
se ficasse distante de tudo e todos, como se você a si mesmo bastasse e nada
mais importasse, é algo elegante, como se você caminhasse de cabeça erguida sem
medo de tropeçar.
Não estou dizendo que não me importo com afetos, amores e
paixões, apenas dizendo que o momento não faz diferença, há muitas coisas por
fazer, muitos planos e sonhos em andamento, e algumas coisas você vai deixando
para depois, de lado, sem se importar muito.
Também não estou dizendo que a porta está fechada e que meu
coração está trancado, em balanço, apenas digo que meu direcionamento está
longe de certos assuntos, determinados temas, claro que, se aparecer alguém
interessante, especial, e diga-se de passagem, pessoas assim são raras, é claro
que vamos aproveitar a oportunidade.
Mas a verdade é que
não se pode forçar o amor, a paixão, os sentimentos, eles nascem, crescem e
desabrocham de forma espontânea e livre, sem obrigação ou qualquer outro
empurrão. Quando você deixa de se importar com o que você sente, seus
sentimentos deixam de sufocar você.
Como disse uma amiga, na pressa de encontrar a gente não
enxerga e não vê o que está bem diante dos nossos olhos, a nossa frente, perto
e fácil. No mais, a vida segue e a gente não precisa colocar a corda no pescoço
para deixar de viver, sozinho, com alguém, a vida dirá o que deverá acontecer, de
uma forma ou de outra, se for a dois, que seja bom, se for sozinho, que seja
leve, tenha charme e elegância.
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