Sou um idiota
Ronaldo Magella 13/01/2016 – jornalista, poeta, escritor, professor,
radialista, blogueiro, tomador de café.
Acordei hoje e me descobri um completo idiota.
Ridículo.
Descobri que não sei como conversar com uma mulher, se falo
demais, acho que ela ira enjoar de mim, se fico calado, penso que irá pensar
que sou mais idiota ainda.
Apesar dos pesares, eis a minha realidade, sou um idiota, não
sei o que dizer a mulher.
Não sei quais palavras usar, se tento ser simpático ou se
fico na minha, se tomo a iniciativa ou se espero ela olhar em minha direção, se
sorrio ou se apenas fico sério.
É, eu sei, sou
ridículo.
Não sei falar de futebol, não assisto novela, não entendo do
tempo, não sei conversar sobre carros, trivialidades do dia a dia, nunca sei
quando vai chover, não gosto de vaquejada, não escuto forró, não vejo
televisão, não curto sertanejo, axé, pagode ou funk, não sou carismático, não
sou simpático, nunca sei o que dizer, nem quando falar, se devo falar.
Sou um desastre.
Sempre acho que não estou agradando, que não sou bem vindo,
penso que as pessoas pensam sempre o pior de mim, por isso sou na minha, fico
em silêncio, paralisado diante das minhas incertezas. Eis o maior motivo para
eu não sair mais de casa, não sei nunca o que dizer a uma menina para conquistá-la,
sempre acho que estou dizendo muita besteira, bobagem, idiotice, canastrice.
Sou um canastrão. Um clichê.
Não sei fazer piadas, não sou engraçado, não sou inteligente,
não sou bonito, não sou malhado, não sou interessante, não sou diferente, ou
como dizem, diferenciado, não sou popular, não sou “o cara”, só me resta o
epíteto de idiota.
E claro, não
quero ser igual a todo mundo. Por isso sou idiota.
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