Eu morro de inveja do
amor alheio
Ronaldo Magella 03/01/2016 – jornalista, poeta, escritor, professor,
radialista, blogueiro, tomador de café.
Eu morro de inveja do amor alheio, uma inveja sabia, uma
vontade de fazer o mesmo e de ter alguém para a outra também causar tal
sentimento.
Morro de inveja de quem namora na chuva, de gente que fica abraçada
na rede, caminha de mãos dadas, toma sorvete na praça e rir quando conversa
sobre suas intimidades, de que se gosta e isso basta, não importa o mundo lá
fora.
Morro de inveja de quem caminha ao cair da tarde pela praia
olhando o mar e trocando caricias, de quem já encontrou o amor da sua vida e
vive em paz, tenho inveja de quem toma café com a namorada e passam horas
conversando, de quem faz planos, viaja, vai e volta, com lindas histórias pra
contar, momentos pra lembrar e fotos pra guardar.
Tenho inveja de quem sente o sabor do beijo gostoso da mulher
que ama, de quem sente falta do perfume de quem gosta, liga a qualquer hora só
pra dizer que está com saudade, de quem acorda pensando em alguém e vai dormir
falando com quem gosta e quer bem.
Inveja de quem toma banho, fica limpo, cheiro e vai pra casa
da namorada, de quem beija, beija, beija e beija, mas não tem vontade de iir
embora, e ai sair, volta, mais um beijo, e diz que poderia ficar ali a vida
inteira, pra sempre, sem nunca jamais abusar.
Inveja de quem tem uma música em comum, de quem comemora
aniversário de amor, de encontro, de casal, de quem ler livro junto só para
depois conversarem, de quem faz suco pra namorada, prepara seu café, de quem
rir junto e bola no chão, se molha e se beija como se a vida fosse uma eterna
brincadeira.
Tenho inveja de quem segura a barra e não se deixa por nada,
de quem suporta os piores momentos e continua por amor, de quem vence os pesadelos
e não deixa os sonhos morrerem, de quem segue junto, sem duvidar, de quem
acredita e tem a coragem de lutar por quem gosta e ama, de quem enfrenta o
mundo por amor e segue firme, junto, pra sempre.
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