sexta-feira, 10 de julho de 2015

Que ela goste de forró, e de mim

Que ela goste de forró, e de mim

Ronaldo Magella

Aprendi a não me impor, não brigo mais com o amor, não me importam as diferenças, quero a companhia.

Não faço da relação um cabo de força, mudo de opinião, aceito a mudança, não precisa ser igual a mim, mas quero que goste de mim.

Meu orgulho não é maior do que o meu bom senso, evito a discussão com um sorriso, não discuto, me rendo, cedo, procuro o melhor pra dois, e no amor o que conta são os momentos, não as preferências.

Não procuro alguém igual, antes quero alguém ao lado, de lado, me entrego, me adapto, não mudo, mas não provoco cisões, não sou do time da separação, gosto de colar coisas, de montar pedaços, de somar desejos e vontades, prefiro sentir em dois, a sonhar sozinho.

Não estabeleço que amar seja ter gostos iguais, prefiro antes acreditar que gostar seja sentir igual,  um ao o outro, quando juntos nos acontecemos, nos deixamos e ficamos.

Dispenso a imagem do espelho, não desejo outro de mim, quero a sombra que chega e me abraça gostoso, com cheiro de creme dental, de cabelo molhado e sorriso de criança, me chamando pra viver o que temos, nós.


Que ela goste de forró, mas que também goste de mim, vou ao seu encontro, não me importa o ritmo, a música, mas ela, pois é dela de quem eu gosto e é com ela que quero viver, e se possível, dançar até a festa da nossa vida encerrar. 

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