domingo, 22 de fevereiro de 2015

Está com alguém é como viver uma história

Está com alguém é como viver uma história

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, tomador de café, romântico, sentimental, romântico, feio, e mais nada (22/02/2015)

Gosto de histórias, gosto da sensação de conhecer alguém, pra mim, perdão, amor é uma história que se constrói, que se vive, que se sente, que se narra, que se concebe quando duas pessoas estão dispostas a viverem um sentimento. Se a prova do pudim é prová-lo, como disse Hegel, o amor está em viver junto, está juntos, ir juntos, seguir juntos, se conhecer e se provar, se perdoar e se reconhecer.

Romântico, sim, piegas, certamente, sentimental, demais, utópico, claro, mas não poderia ser diferente, não acredito que prazer por um corpo ou atração pela beleza de alguém possa nos dizer realmente o que sentimentos e nos fazer ir além das aparências. A vida não é o tempo que vivemos, mas as horas que sentimentos e realizamos, naturalmente, o amor não pode ser tocado ou apenas visto, precisa ser experimentando.

Dias líquidos, sentimentos vazios, relações frágeis, amores pequenos, é o que vivemos nos dias atuais, em nossa era gelada e rápida, ir contra isso é como isolar-se numa ilha pequena e viver vendo o vai e vem da maré, que leva a trás a todos, enquanto você imóvel se pergunta se não quer também fazer parte do que está ali em na sua frente. Meus amigos fazem sexo como se comesse um sanduiche, sentem apenas o prazer do momento, da hora, do ato.

As pessoas ficam umas com as outras pela sensação do beijo, pelo rótulo, pela vaidade, para aproveitar o momento, a oportunidade, como se tudo fosse apenas uma questão de moda, de fazer o que todos fazem, como zumbis, apenas nos alimentamos, seguimos o instinto, sem pensar ou sentir, sem viver ou morrer, só um tiro em nossa cabeça para nos fazer parar e repensar toda a nossa vida.

 Falo por mim, antes prefiro a companhia de alguém, coisas pequenas, caminhar ao entardecer, tomar um sorvete, ver um filme, cantar uma música, um abraço gostoso e sincero, um clichê de filme B, como diria uma amiga, mas um momento vivido e eternizado, pequenos atos, grandes lembranças, vida sentida, amor sonhado, história narrada.

Gosto do sorriso bobo do encontro, da alegria da presença, da saudade falada, da lembrança sentindo, do momento dividido, dos planos realizados, dos sonhos vividos, das palavras faladas, dos silêncios precisos, da vida a dois, por dois, em dois, do tempo nosso, da companhia cúmplice, do caminhar sereno as passos firmes e resolutos, gosto de está com alguém pelo que ela significa pra mim e pelo que sou pra ela, por uma história que vivemos e nos entregamos, por prazer, amor e coragem.


Não me julguem pela capa, pelo espelho, por seus olhos, antes tentem captar aquilo que é invisível e impalpável, não sabemos o destino do rio até encontrarmos com o mar e ali nos deslumbramos, mas antes não gostamos dos caminhos tortuosos que o rio faz em seu caminhar até o seu destino. 

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