terça-feira, 27 de maio de 2014

Só eu e você o mundo de abrigo, no abrigo do mundo em nós

Só eu e você o mundo de abrigo, no abrigo do mundo em nós

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada (27-05-1014)

Chato é acordar sem você, viver da sua ausência, ou, com a sua ausência, me alimentar de saudade, ou da falta que sinto de ti, coisa chata essa que preenche meus dias, a falta de você que me enche, e que me consome o pensamento quando estou de bobeira, claro, da vida, pois sempre estou ocupado pensando em você.

Chato é ter todo o tempo livre numa tarde de domingo e não pode dividi-lo com você, sorrir sozinho e ficar louco para te encontrar e te contar as últimas, já dizendo num sorriso largo e num abraço sincero que você não vai acreditar em mim.

Não precisamos de muito, não sei você, mas eu só preciso de você e de algum lugar do mundo para nos abrigar e nos proteger, sem redes sociais, sem fotos, sem selfie, até, um pode ser, precisamos fazer inveja aos outros, mas sem olhos alheios, só eu e você, o tempo, a vida e tudo mais, tudo mais, desde que seja apenas eu e você, o mais.

Quero tempo para admirar você, admirar seu cabelo preso e sua roupa barata de ficar em casa, tempo para olhar cuidadoso a forma como você come muda em frente a televisão, ou como fica irritada quando faço algo do qual você não gosta, tempo para apreciar suas cenas de ciúmes e seus ataques infantis, como se você não fosse a coisa mais importante do mundo pra mim.

O tempo me ensinou que vivemos para sentir e sentimos para viver, sou eu quem sinto, é você quem vive, e mais ninguém, não há motivos para alardear o que somos, temos, como vivemos, sejamos um do outro e o outro para um que somos, a gente por nós e o melhor de nós, que falem, berrem, reclamem, sejam contra, do contra,  um dia eles esquecem, cansam, e a gente vai sorrir, viver e ficar em paz.


Não há amor que não ultrapasse o tempo, sentimento que não vença o mundo, desejo sincero e vontade ativa não são propagandas, são pequenos atos que vivenciamos para provar e comprovar o que quanto queremos estar um ao lado outro, e que nos reste o mundo de abrigo, e o abrigo do mundo em nós, apenas eu e você, você e eu, nós, e mais ninguém. 

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