sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Se alguém não se faz percebido, não tem interesse na minha atenção

Se alguém não se faz percebido, não tem interesse na minha atenção

Ronaldo Magella – professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista e mais nada (03-01-1014)

Discordo da ideia de que quando você está sozinho ou sozinha só precisa olhar do lado que sempre encontrará alguém interessante, não acredito que isso funcione mesmo, pois pra eu olhar do lado preciso que alguém me chame a atenção, se faça notado, percebido.

Já percebi e entendi que, quando estamos interessados em alguém a gente se esforça para ser percebido. Antigamente a gente piscava olho, passava na rua de pessoa, esbarrava sem querer, dava um jeito de dizer que existia e que estava na área com algum interesse, não sei se era mais fácil, mas era o jeito da época.

Hoje, com as redes sociais, é mais fácil chamar a atenção de alguém, quando a gente quer ser percebido e demonstrar interesse, a gente curte, compartilha, comenta, adiciona, fala no chat, dá um jeito de ser percebido, notado, de ser visualizado, de alguma coisa a gente demonstra existir para a outra pessoa.

Verdade que muitas vezes é preciso usar de prudência e parcimônia para não abusar na dose e ser inconveniente, ir, como se costuma dizer, comendo pelas beiras, ou seja, ir surgindo aos poucos, aparecendo bem lentamente, para não exagerar na doses.

Não concordo muito com essa ideia de que só precisamos olhar para o lado, prestar mais atenção nas pessoas que estão ao nosso redor, bem, se alguém que está do meu lado até o momento não fez nenhum esforço para me dizer que está ali, se não me deu bom dia, não me chamou pra sair, não pediu meu número de celular, não me segue ou adicionou em alguma rede social, logo, não tem interesse pela minha vida, por mim, muito menos quer ser notado.

Quando estamos interessados em alguém a vida da pessoa também nos chama a atenção, o que ela posta, comenta, com quem ela costuma sair, os lugares para ode vai, seus gostos, preferências, pois estamos analisando o gênero de pessoa com quem vamos nos envolver, e tudo o que a pessoa pensa, diz, faz nos chama a atenção é motivo de interesse.


Por fim, repito, não aceito essa ideia de apenas olhar para o lado, sair com o radar ligado para perceber alguma coisa, não é bem por aí, penso. As relações elas são construídas, de alguma forma, é preciso haver aproximação, algo em comum que una as duas pessoas, que dê início ao processo, ou seja, precisamos ajudar o destino, mas isso é tema para um outro texto. 

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