domingo, 14 de julho de 2013

Amor e razão, amor sem razão, racionalizar sem amar

Amor e razão, amor sem razão, racionalizar sem amar
Ronaldo Magella

Para acreditar em amor é preciso perder a razão, para amar é necessário iludir-se. No mundo em que vivemos a razão tomou conta as nossas emoções, perdemos o sentido da paixão e do amor, da loucura, do sentir, deixamos de viver as coisas impossíveis de sentir por coisas práticas para viver.

            Amor, paixão, desejo, vontade, querer, foge a racionalidade prática da vida, gostamos e queremos, nos apaixonamos e amamos sem que isso faça algum sentido pra nós, pra qualquer um de nós, e um dia quando começamos a analisar demais as coisas que sentimos, saímos e deixamos de sentir e passamos a calcular.

            Como uma palavra que repetimos em nossa mente exaustivamente até ela perder o sentido. O amor, a paixão, quando analisada, consumida em nossa mente, dentro de nós, também perderá o sentido, ora se, pois se a gente vai gostar de quem não gosta de nós, de quem num presta, de quem nem bonito é?

            Analisar e calcular o que você sente por alguém devido ao quanto ele lhe serve ou por quanto o outro ganha ou pelo que o outro faz, ou pelo que o outro tem, ou mais ainda, pela comodidade do tipo, dá certo, num dá, pode ser num pode, é bom, num é, é o mesmo que sentir se apenas o outro sentir, mas isso jogaria por baixo e poria por fim a teoria de que, a gente não manda no coração, nos sentimentos, em quem vamos amar, nos apaixonar.

            Certo, tudo bem, lindo, podemos até não mandar em nosso coração e de quem vamos gostar, mas podemos escolher com quem ficar, sufocar a nós mesmos e fazer escolhas práticas e insensíveis.


            O amor, a paixão, não é o que posso, mas o que quero, quando digo, é o que posso, deixa de ser paixão, para se tornar objeto. O amor, a paixão rompe o poder, a distância, a dificuldade, pois está no campo do querer, do desejo, e quem quer, deseja, a tudo pode, pois isso é o que realmente se quer. 

Um comentário:

  1. Podemos escolher com quem ficar, mas são tantas as vezes em que o coração elege um, e a razão escolhe outro, ai vem a dúvida, ficar com quem o coração aponta, ou fazer a escolha pensando que essa opção possa ser a melhor, meu coração já escolheu alguns, mas no fim de tudo esse mesmo coração que amou, escolheu,confiou, também se decepcionou.
    Mas é isso mesmo vamos amando, vivendo e aprendendo, quem sabe um dia o coração e a opção entrem em um acordo e se unam a favor de todos nós...

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